ENTENDA EM “BREVE RESUMO” O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO DAS PAUTAS ESTUDANTIS E O QUE NOS LEVOU A OCUPAR A REITORIA
Após três reuniões de negociação do Comando Local de Greve Estudantil (CLGE) com a reitoria, na manhã desta quarta-feira, 29 de agosto de 2012, os estudantes ocuparam o prédio da reitoria da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em todas as reuniões, as reivindicações estudantis colo
cadas pelo CLGE foram secundarizadas, em um posicionamento intransigente da administração, que se mostrou totalmente indisposta a apresentar qualquer resolução concreta, o que culminou nesta ação direta.
HISTÓRICO DA NEGOCIAÇÃO
PRIMEIRA REUNIÃO: Ocorrida no dia 24 de Julho e com duração de 5 horas, foram apresentados e defendidos todos os pontos da plataforma de reivindicações estudantil para o reitor e vice-reitor. Desde a deflagração da greve estudantil, que ocorreu cerca de dois meses antes da primeira reunião, a atual administração havia recebido a plataforma protocolada e ainda assim alegou total desconhecimento, demonstrando descaso com as necessidades dos estudantes e colocando pretextos para retardar as negociações.
SEGUNDA REUNIÃO: No dia 06 de agosto, foi apresentado um documento por parte da reitoria, como resposta às reivindicações. O documento responde todos os pontos de forma vaga e sem apresentar nenhum encaminhamento concreto quanto às solicitações. Foram entregues também quatro termos de compromisso com propostas para implementação de transporte intercampi, ampliação e construção de restaurantes universitários, aumento do valor das bolsas e criação de bolsa creche, todos eles sem garantias concretas e alguns condicionados a possibilidades de licitações, estudos futuros ou simplesmente apresentam outra proposta que não contempla a reivindicação dos estudantes. Ou seja, não houveram compromissos, apenas foi reafirmadas as promessas utilizadas na campanha eleitoral para próxima gestão. Ficou evidente, mais uma vez, que a reitoria ignora a pauta estudantil e não leva com seriedade o debate trazido pelo CLGE.
NEGOCIAÇÃO DESMARCADA: Após a segunda reunião, o CLGE montou Grupos de Trabalho para analisar as “propostas” entregues pela reitoria e elaborar um documento de contrapropostas que foram apresentadas e aprovadas em assembleia estudantil, ocorrida em 17 de agosto. Nesse mesmo dia, a reitoria desmarcou a reunião com o CLGE, sem previsão de nova data.
Ainda por telefone, exigimos da administração um documento formal que apresentasse o motivo da indisponibilidade do reitor e a marcação de uma nova data. Houve relutância sem justificativa apresentada, e por fim a reitoria sugeriu o dia 03 de Setembro. Na semana seguinte o CLGE compareceu ao gabinete do reitor protocolando um documento que apontou a insatisfação dos estudantes com a falta de preocupação e compromisso da administração com as demandas estudantis. Conseguimos a antecipação da reunião para o dia 29 de Agosto.
TERCEIRA REUNIÃO: Nessa quarta-feira 29 de agosto, a comissão de negociação compareceu a reunião acompanhada da manifestação de estudantes no saguão da reitoria. Durante a reunião, estavam presentes o reitor em exercício, Professor Darizon Alves de Andrade, o prefeito de campus Renato Alves Pereira e o diretor de assuntos estudantis Edsonei Pereira Parreira.
O tratamento intransigente utilizado nas duas últimas reuniões foi mantido e intensificado pela atual administração, demonstrando mais uma vez que a prioridade, definitivamente, não são os estudantes.
O CLGE iniciou a reunião com a discussão primeiramente dos pontos mais simples, como por exemplo, destrancar a quadra de esportes do campus Umuarama e liberar a saída de estudantes após o horário das 22:30h por qualquer um dos portões existentes nos campi, entretanto, não houve avanço dos pontos uma vez que os representantes da reitoria, logo de início, colocaram a negativa em atender mesmo as questões mais simples e afirmaram claramente que não há possibilidade de atendimento das reivindicações da greve durante o período de campanha eleitoral, da qual participa a atual gestão.
Em menos de duas horas, o reitor em exercício se retirou da mesa de negociação apontando a impossibilidade de negociar com os estudantes.
A REITORIA SENTA, MAS NÃO NEGOCIA!
Decidimos pela ocupação do prédio da reitoria por perceber que o momento que vivenciamos na UFU é de total descaso com as necessidades dos estudantes e de total fechamento da reitoria para o diálogo real com as reivindicações construídas na greve. Nos últimos anos, a atual gestão administrou com intransigência, sem a priorização do debate amplo com a comunidade universitária e sem o mínimo de compromisso com a democratização da universidade e com a garantia de seu caráter público.
Neste dia 29 de agosto de 2012 nós, estudantes da UFU, ocupamos a reitoria porque estamos lutando pela qualidade e democratização da universidade pública, para que condições que garantam o direito a educação pública sejam colocadas como prioridades. Por isso nos manteremos aqui em espera até que a reitoria da UFU apresente aos estudantes em greve propostas concretas que realmente garantam a resolução dos problemas apresentados.
http:// comandogreveufu.wordpress.c om/
HISTÓRICO DA NEGOCIAÇÃO
PRIMEIRA REUNIÃO: Ocorrida no dia 24 de Julho e com duração de 5 horas, foram apresentados e defendidos todos os pontos da plataforma de reivindicações estudantil para o reitor e vice-reitor. Desde a deflagração da greve estudantil, que ocorreu cerca de dois meses antes da primeira reunião, a atual administração havia recebido a plataforma protocolada e ainda assim alegou total desconhecimento, demonstrando descaso com as necessidades dos estudantes e colocando pretextos para retardar as negociações.
SEGUNDA REUNIÃO: No dia 06 de agosto, foi apresentado um documento por parte da reitoria, como resposta às reivindicações. O documento responde todos os pontos de forma vaga e sem apresentar nenhum encaminhamento concreto quanto às solicitações. Foram entregues também quatro termos de compromisso com propostas para implementação de transporte intercampi, ampliação e construção de restaurantes universitários, aumento do valor das bolsas e criação de bolsa creche, todos eles sem garantias concretas e alguns condicionados a possibilidades de licitações, estudos futuros ou simplesmente apresentam outra proposta que não contempla a reivindicação dos estudantes. Ou seja, não houveram compromissos, apenas foi reafirmadas as promessas utilizadas na campanha eleitoral para próxima gestão. Ficou evidente, mais uma vez, que a reitoria ignora a pauta estudantil e não leva com seriedade o debate trazido pelo CLGE.
NEGOCIAÇÃO DESMARCADA: Após a segunda reunião, o CLGE montou Grupos de Trabalho para analisar as “propostas” entregues pela reitoria e elaborar um documento de contrapropostas que foram apresentadas e aprovadas em assembleia estudantil, ocorrida em 17 de agosto. Nesse mesmo dia, a reitoria desmarcou a reunião com o CLGE, sem previsão de nova data.
Ainda por telefone, exigimos da administração um documento formal que apresentasse o motivo da indisponibilidade do reitor e a marcação de uma nova data. Houve relutância sem justificativa apresentada, e por fim a reitoria sugeriu o dia 03 de Setembro. Na semana seguinte o CLGE compareceu ao gabinete do reitor protocolando um documento que apontou a insatisfação dos estudantes com a falta de preocupação e compromisso da administração com as demandas estudantis. Conseguimos a antecipação da reunião para o dia 29 de Agosto.
TERCEIRA REUNIÃO: Nessa quarta-feira 29 de agosto, a comissão de negociação compareceu a reunião acompanhada da manifestação de estudantes no saguão da reitoria. Durante a reunião, estavam presentes o reitor em exercício, Professor Darizon Alves de Andrade, o prefeito de campus Renato Alves Pereira e o diretor de assuntos estudantis Edsonei Pereira Parreira.
O tratamento intransigente utilizado nas duas últimas reuniões foi mantido e intensificado pela atual administração, demonstrando mais uma vez que a prioridade, definitivamente, não são os estudantes.
O CLGE iniciou a reunião com a discussão primeiramente dos pontos mais simples, como por exemplo, destrancar a quadra de esportes do campus Umuarama e liberar a saída de estudantes após o horário das 22:30h por qualquer um dos portões existentes nos campi, entretanto, não houve avanço dos pontos uma vez que os representantes da reitoria, logo de início, colocaram a negativa em atender mesmo as questões mais simples e afirmaram claramente que não há possibilidade de atendimento das reivindicações da greve durante o período de campanha eleitoral, da qual participa a atual gestão.
Em menos de duas horas, o reitor em exercício se retirou da mesa de negociação apontando a impossibilidade de negociar com os estudantes.
A REITORIA SENTA, MAS NÃO NEGOCIA!
Decidimos pela ocupação do prédio da reitoria por perceber que o momento que vivenciamos na UFU é de total descaso com as necessidades dos estudantes e de total fechamento da reitoria para o diálogo real com as reivindicações construídas na greve. Nos últimos anos, a atual gestão administrou com intransigência, sem a priorização do debate amplo com a comunidade universitária e sem o mínimo de compromisso com a democratização da universidade e com a garantia de seu caráter público.
Neste dia 29 de agosto de 2012 nós, estudantes da UFU, ocupamos a reitoria porque estamos lutando pela qualidade e democratização da universidade pública, para que condições que garantam o direito a educação pública sejam colocadas como prioridades. Por isso nos manteremos aqui em espera até que a reitoria da UFU apresente aos estudantes em greve propostas concretas que realmente garantam a resolução dos problemas apresentados.
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